Rafael Rebello é mais uma das revelações da American Top Team. Faixa preta de jiu-jitsu e lutador de vale tudo em constante evolução, Rafael vem de três vitórias consecutivas após um turbulento início de carreira que acumulou um cartel de 1 vitória e 2 derrotas. Trabalhando duro para conquistar seu espaço, o lutador de 27 anos espera ainda dar muito o que falar.
Blogdomatheus.com: Começando com a tradicional pergunta:
Como você está?
Rafael: Estou bem, treinando forte para mais uma luta, a ultima esse ano e morrendo de saudades da minha família.
Blogdomatheus.com: Muitos fãs brasileiros ainda não conhecem você, pode nos falar um pouco sobre o Rafael Rebello como atleta e como pessoa?
Rafael: Sou faixa preta de jiu-jitsu desde 2004, tenho 27 anos, morava em Niterói e comecei a treinar com 13 anos de idade, treinei um pouquinho de Judô (com o Anderson Pereira) e Wrestling (na Niterói Wrestling com Flavio Cabral) no Brasil, mas o que eu gostava mesmo de competir era no submission (Grappling). Sou formado em Educação Física e hoje em dia moro em Miami e treino na melhor equipe de MMA do mundo, a ATT. Me mudei para cá há um ano e meio atrás e desde o primeiro dia venho treinando cada dia mais forte.
Blogdomatheus.com: Você tem um cartel de 6 lutas, com 4 vitórias e 2 derrotas, vindo de três vitórias consecutivas. Depois de uma pequena turbulência, acha que agora sua carreira vai deslanchar?
Rafael: Espero que sim porque tenho treinando muito, mas me considero em fase de aprendizado no MMA ainda.
Blogdomatheus.com: Como são os treinos na ATT?
Rafael: Aqui na ATT a gente treina em dois turnos por dia, de segunda a sábado divididos em: Bloqueio (treino quase igual à luta, onde participam todos os técnicos), Jiu-Jitsu (Ricardo Liborio e Marcos Parrumpinha), Boxe (Howard Davis Jr), Muay Thai (Mohamed Ouali), Condicionamento físico (André Benkei) e Wrestling (Steve Williams).
Blogdomatheus.com: Há algum lutador em especial com quem você se identifique? Por quê?
Rafael: Pô, cara, eu sou fã de uma porrada de gente... Acho muita gente boa por ai, não só no Brasil, mas em todo canto. Quando eu morava no Brasil não tinha oportunidade de conhecer muitos atletas de outros paises e tal e acho que isso acontece com muita gente ainda lá no Brasil, e quando me mudei para cá e passei a viajar mais para lutar a minha visão que já era grande ficou ainda maior (risos), mas realmente me espelho em muita gente, é até sacanagem se eu falar um só.
Blogdomatheus.com: A ATT, além de possuir uma ótima estrutura, é conhecida por ser uma equipe com lutadores e treinadores de diversas nacionalidades, como é o relacionamento entre pessoas que possuem culturas muito diferentes umas das outras?
Rafael: Isso aqui é a ONU (risos), realmente é muita gente de culturas diferentes juntas, mas se o trabalho for sério igual é aqui não tem problema nenhum, porque é baseado no respeito e um tenta entender e se adequar ao outro, por isso a ATT é uma das maiores equipes de MMA.
Mas isso não quer dizer que agente aqui na ATT não passe por situações engraçadas, isso é lógico que acontece e sempre são encaradas com muito bom humor por todos aqui.
Blogdomatheus.com: Além de fazer treinamento voltado para o vale tudo, você também dá aulas de jiu jitsu, e ainda tem que dar atenção à esposa, como faz para conciliar tudo?
Rafael: Realmente, Matheus... Não sei como não, mas eu sei que faço, de vez em quando eu dou uma surtada, mas depois volto ao normal (risos). Não, sério, acho que o segredo é você gostar do que você faz, estar com pessoas que você gosta e ter o apoio das pessoas que você ama e isso eu realmente tenho!
Graças a DEUS eu tenho apoio da minha família, amigos e esposa, isso me ajuda muito.
Blogdomatheus.com: Quais os seus feitos no jiu jitsu, e por quê você decidiu fazer a transição do jiu jitsu pro vale tudo?
Rafael: Cara, títulos no jiu-jitsu os que lembro são esses aqui: Vice-Campeão Mundial, Bi Campeão Brasileiro, Bi Campeão Carioca, Campeão Pan-americano. No wrestling fui Vice-Brasileiro e Campeão Carioca, deve ter outros aí, mas não me lembro... (risos).
Eu comecei a querer lutar MMA em 2004 quando vim à ATT pela primeira vez, lembro que eu só treinava grappling e kimono aí um dia tava vendo o treino dos profissionais aqui na ATT e precisavam de um cara para treinar com o Edison Diniz porque tava faltando dupla para ele, eu entrei e fiquei louco com aquele treino, aí depois disso a idéia foi só amadurecendo e deu no que deu.
Blogdomatheus.com: Apesar de ser faixa preta de jiu jitsu você tem mostrado constante evolução na parte em pé, qual a importância que você dá para essa dinamicidade?
Rafael: O lutador de MMA tem que ser completo porque a nossa modalidade exige isso da gente. Aqui na ATT a gente treina muito de tudo, mas eu acredito mesmo que a evolução da galera aqui se deve à união, porque realmente é isso que nos move aqui, sempre um ajudando o outro e claro também a qualidade dos técnicos que se tem aqui, é um time de colocar inveja a qualquer um, tenta visualizar isso: Liborio, Conan, Marcelo, Parrumpinha (atualmente ele e lutador também), Benkei, Ouali, Howard e Wilians e muita gente de alto nível junto.
Acredito muito que o meu desenvolvimento é fruto de muito treino com esses caras aí e mais os meus companheiros de treinos aqui.
Blogdomatheus.com: Aproveitando o assunto, nomeie os três lutadores que você acha mais completos, sem distinção de peso.
Rafael: Gesias - não é por que ele é do meu time não, mas pelo que ele fez ano passado e esse ano no GP do Hero’s, e deixa te contar uma coisa: ainda vai ficar melhor porque o moleque não para de evoluir nunca.
Paulão e Minota, com certeza esses são os caras.
Blogdomatheus.com: Você luta entre 58 e 65kg, qual o pensamento que passa pela sua cabeça quando você pensa que nenhum dos grandes eventos possui a categoria que você luta?
Rafael: É difícil mesmo, meu biótipo é ingrato, porque para lutar no 65 kg é difícil para mim porque luto com caras que descem de 75 kg e no 58 kg eu quase morro para bater porque desço de 68 kg, mas se tiver que bater qualquer um dos dois eu bato com Benkei do meu lado e se for para lutar um evento maneiro vou amarradão.
Mas não fico me lamentando por isso não, o que é meu tá separado já, tenho certeza disso!
Blogdomatheus.com: Quando e onde você estará lutando novamente? Já tem algum adversário definido?
Rafael: Eu luto no dia 17 de novembro em Guam (uma ilhazinha a 2 horas do Japão, onde o povo é apaixonado pela luta), no evento Pacific X-treme Fight onde eu lutei minha ultima luta em Julho.
Nome do meu adversário????? Isso tá difícil porque ele mudou já 3 vezes e ainda não recebi o dvd do ultimo. Primeiro era para eu lutar com um cara da Califórnia da mesma academia do que eu lutei em julho, porque rolou meio que um desafio sabe, mas não sei explicar porque ele não saiu. Aí depois era previsto para eu lutar com um cara da mesma academia antiga do Diego Sanchez, mas essa também não vai rolar e agora estou esperando para conhecer meu próximo oponente, mas isso é normal, mês passado aconteceu isso com o Denis Kang no Hero’s.
Blogdomatheus.com: Como fica a estratégia para a luta?
Rafael: Como te disse, não sei nada ainda do meu adversário, meu trabalho está sendo feito aqui de qualquer maneira, confesso que está sendo mais difícil aqui porque não tenho idéia de nada do meu adversário, nem mesmo de sua altura e tal, mas ossos do oficio.
Outro fator que torna difícil são as regras do PXC que é um evento de grade que mistura as regras do antigo PRIDE com as do UFC, isso quer dizer: chute e joelhada na cara no chão com um bônus especial de cotoveladas, não é nada fácil lutar e treinar nessas regras.
Na minha ultima luta sabia que o cara era wrestling e estava esperando ele entrar nas minhas pernas, para poder bloquear e usar as joelhadas. O Tio Liba frisou bastante isso para mim e foi exatamente isso que aconteceu, trocamos em pe e quando ele entrou para me derrubar eu defendi, travei a cabeça dele e usei as joelhadas, aí ele puxou para guarda e eu trabalhei no ground and pound, ele estava meio grogue da joelhada e acertei um bom soco e foi isso.
Não posso me esquecer de uma coisa: essa ultima luta foi ground and pound do velho Benkei (risos).
Blogdomatheus.com: Desde já lhe desejo boa sorte, deixe um recado para o pessoal que está lendo essa entrevista.
Rafael: Galera prazer enorme contar como é aqui na família ATT, espero dar muita alegria ainda para quem torce por mim.
Um abraço e o sangue que corre aqui na veia é verde e amarelo.
Plagiando o Anderson...” Nunca serão, jamais serão...”
------------------------
Rafael Rebello em ação:
Blogdomatheus.com: Começando com a tradicional pergunta:
Como você está?
Rafael: Estou bem, treinando forte para mais uma luta, a ultima esse ano e morrendo de saudades da minha família.
Blogdomatheus.com: Muitos fãs brasileiros ainda não conhecem você, pode nos falar um pouco sobre o Rafael Rebello como atleta e como pessoa?
Rafael: Sou faixa preta de jiu-jitsu desde 2004, tenho 27 anos, morava em Niterói e comecei a treinar com 13 anos de idade, treinei um pouquinho de Judô (com o Anderson Pereira) e Wrestling (na Niterói Wrestling com Flavio Cabral) no Brasil, mas o que eu gostava mesmo de competir era no submission (Grappling). Sou formado em Educação Física e hoje em dia moro em Miami e treino na melhor equipe de MMA do mundo, a ATT. Me mudei para cá há um ano e meio atrás e desde o primeiro dia venho treinando cada dia mais forte.
Blogdomatheus.com: Você tem um cartel de 6 lutas, com 4 vitórias e 2 derrotas, vindo de três vitórias consecutivas. Depois de uma pequena turbulência, acha que agora sua carreira vai deslanchar?
Rafael: Espero que sim porque tenho treinando muito, mas me considero em fase de aprendizado no MMA ainda.
Blogdomatheus.com: Como são os treinos na ATT?
Rafael: Aqui na ATT a gente treina em dois turnos por dia, de segunda a sábado divididos em: Bloqueio (treino quase igual à luta, onde participam todos os técnicos), Jiu-Jitsu (Ricardo Liborio e Marcos Parrumpinha), Boxe (Howard Davis Jr), Muay Thai (Mohamed Ouali), Condicionamento físico (André Benkei) e Wrestling (Steve Williams).
Blogdomatheus.com: Há algum lutador em especial com quem você se identifique? Por quê?
Rafael: Pô, cara, eu sou fã de uma porrada de gente... Acho muita gente boa por ai, não só no Brasil, mas em todo canto. Quando eu morava no Brasil não tinha oportunidade de conhecer muitos atletas de outros paises e tal e acho que isso acontece com muita gente ainda lá no Brasil, e quando me mudei para cá e passei a viajar mais para lutar a minha visão que já era grande ficou ainda maior (risos), mas realmente me espelho em muita gente, é até sacanagem se eu falar um só.
Blogdomatheus.com: A ATT, além de possuir uma ótima estrutura, é conhecida por ser uma equipe com lutadores e treinadores de diversas nacionalidades, como é o relacionamento entre pessoas que possuem culturas muito diferentes umas das outras?
Rafael: Isso aqui é a ONU (risos), realmente é muita gente de culturas diferentes juntas, mas se o trabalho for sério igual é aqui não tem problema nenhum, porque é baseado no respeito e um tenta entender e se adequar ao outro, por isso a ATT é uma das maiores equipes de MMA.
Mas isso não quer dizer que agente aqui na ATT não passe por situações engraçadas, isso é lógico que acontece e sempre são encaradas com muito bom humor por todos aqui.
Blogdomatheus.com: Além de fazer treinamento voltado para o vale tudo, você também dá aulas de jiu jitsu, e ainda tem que dar atenção à esposa, como faz para conciliar tudo?
Rafael: Realmente, Matheus... Não sei como não, mas eu sei que faço, de vez em quando eu dou uma surtada, mas depois volto ao normal (risos). Não, sério, acho que o segredo é você gostar do que você faz, estar com pessoas que você gosta e ter o apoio das pessoas que você ama e isso eu realmente tenho!
Graças a DEUS eu tenho apoio da minha família, amigos e esposa, isso me ajuda muito.
Blogdomatheus.com: Quais os seus feitos no jiu jitsu, e por quê você decidiu fazer a transição do jiu jitsu pro vale tudo?
Rafael: Cara, títulos no jiu-jitsu os que lembro são esses aqui: Vice-Campeão Mundial, Bi Campeão Brasileiro, Bi Campeão Carioca, Campeão Pan-americano. No wrestling fui Vice-Brasileiro e Campeão Carioca, deve ter outros aí, mas não me lembro... (risos).
Eu comecei a querer lutar MMA em 2004 quando vim à ATT pela primeira vez, lembro que eu só treinava grappling e kimono aí um dia tava vendo o treino dos profissionais aqui na ATT e precisavam de um cara para treinar com o Edison Diniz porque tava faltando dupla para ele, eu entrei e fiquei louco com aquele treino, aí depois disso a idéia foi só amadurecendo e deu no que deu.
Blogdomatheus.com: Apesar de ser faixa preta de jiu jitsu você tem mostrado constante evolução na parte em pé, qual a importância que você dá para essa dinamicidade?
Rafael: O lutador de MMA tem que ser completo porque a nossa modalidade exige isso da gente. Aqui na ATT a gente treina muito de tudo, mas eu acredito mesmo que a evolução da galera aqui se deve à união, porque realmente é isso que nos move aqui, sempre um ajudando o outro e claro também a qualidade dos técnicos que se tem aqui, é um time de colocar inveja a qualquer um, tenta visualizar isso: Liborio, Conan, Marcelo, Parrumpinha (atualmente ele e lutador também), Benkei, Ouali, Howard e Wilians e muita gente de alto nível junto.
Acredito muito que o meu desenvolvimento é fruto de muito treino com esses caras aí e mais os meus companheiros de treinos aqui.
Blogdomatheus.com: Aproveitando o assunto, nomeie os três lutadores que você acha mais completos, sem distinção de peso.
Rafael: Gesias - não é por que ele é do meu time não, mas pelo que ele fez ano passado e esse ano no GP do Hero’s, e deixa te contar uma coisa: ainda vai ficar melhor porque o moleque não para de evoluir nunca.
Paulão e Minota, com certeza esses são os caras.
Blogdomatheus.com: Você luta entre 58 e 65kg, qual o pensamento que passa pela sua cabeça quando você pensa que nenhum dos grandes eventos possui a categoria que você luta?
Rafael: É difícil mesmo, meu biótipo é ingrato, porque para lutar no 65 kg é difícil para mim porque luto com caras que descem de 75 kg e no 58 kg eu quase morro para bater porque desço de 68 kg, mas se tiver que bater qualquer um dos dois eu bato com Benkei do meu lado e se for para lutar um evento maneiro vou amarradão.
Mas não fico me lamentando por isso não, o que é meu tá separado já, tenho certeza disso!
Blogdomatheus.com: Quando e onde você estará lutando novamente? Já tem algum adversário definido?
Rafael: Eu luto no dia 17 de novembro em Guam (uma ilhazinha a 2 horas do Japão, onde o povo é apaixonado pela luta), no evento Pacific X-treme Fight onde eu lutei minha ultima luta em Julho.
Nome do meu adversário????? Isso tá difícil porque ele mudou já 3 vezes e ainda não recebi o dvd do ultimo. Primeiro era para eu lutar com um cara da Califórnia da mesma academia do que eu lutei em julho, porque rolou meio que um desafio sabe, mas não sei explicar porque ele não saiu. Aí depois era previsto para eu lutar com um cara da mesma academia antiga do Diego Sanchez, mas essa também não vai rolar e agora estou esperando para conhecer meu próximo oponente, mas isso é normal, mês passado aconteceu isso com o Denis Kang no Hero’s.
Blogdomatheus.com: Como fica a estratégia para a luta?
Rafael: Como te disse, não sei nada ainda do meu adversário, meu trabalho está sendo feito aqui de qualquer maneira, confesso que está sendo mais difícil aqui porque não tenho idéia de nada do meu adversário, nem mesmo de sua altura e tal, mas ossos do oficio.
Outro fator que torna difícil são as regras do PXC que é um evento de grade que mistura as regras do antigo PRIDE com as do UFC, isso quer dizer: chute e joelhada na cara no chão com um bônus especial de cotoveladas, não é nada fácil lutar e treinar nessas regras.
Na minha ultima luta sabia que o cara era wrestling e estava esperando ele entrar nas minhas pernas, para poder bloquear e usar as joelhadas. O Tio Liba frisou bastante isso para mim e foi exatamente isso que aconteceu, trocamos em pe e quando ele entrou para me derrubar eu defendi, travei a cabeça dele e usei as joelhadas, aí ele puxou para guarda e eu trabalhei no ground and pound, ele estava meio grogue da joelhada e acertei um bom soco e foi isso.
Não posso me esquecer de uma coisa: essa ultima luta foi ground and pound do velho Benkei (risos).
Blogdomatheus.com: Desde já lhe desejo boa sorte, deixe um recado para o pessoal que está lendo essa entrevista.
Rafael: Galera prazer enorme contar como é aqui na família ATT, espero dar muita alegria ainda para quem torce por mim.
Um abraço e o sangue que corre aqui na veia é verde e amarelo.
Plagiando o Anderson...” Nunca serão, jamais serão...”
------------------------
Rafael Rebello em ação:
